EXCLUSIVO: FalleN e Fer admitem dificuldades mas acreditam na volta ao topo
Dona de uma das marcas mais poderosas da história do Counter-Strike: Global Offensive no planeta, a MiBR atravessou altos e baixos no primeiro semestre de 2020. Seriamente ameaçada de não jogar o Major do Rio de Janeiro, a organização passou por novas mudanças: saíram o técnico Wilton "zews" e o argentino Ignacio "meyern", e chegou o reforço Alencar "trk". A equipe tenta voltar aos trilhos e retomar os gloriosos tempos da época em que a base deste mesmo elenco brilhou por Luminosity e SK Gaming.
Juntos, Gabriel "FalleN", Fernando "fer" e Epitácio "TACO" ganharam dois Majors em 2016 e viveram um 2017 mágico. IEM Sidney, ESL One Cologne, EPICENTER, BLAST Pro Series… Taças e taças acumuladas. Olhar para o passado brilhante é uma das motivações da equipe brasileira para tentar retomar o posto de melhor equipe do mundo. Na visão do capitão FalleN, uma realidade alcançável, mas, de maneira geral, bem mais disputada do que anteriormente.
"Acredito, sim, que possamos vir a ser novamente a melhor equipe do mundo. Lógico que isso não acontece de uma noite bem dormida para outra, é um trabalho feito aos poucos, uma evolução que acontece vagarosamente. É um desenvolvimento individual e coletivo. O CS está bem nivelado. As equipes estão cada vez mais fortes, preparadas. As equipes médias estão crescendo, vêm com um nível cada vez mais alto, o que torna as competições difíceis", argumentou FalleN, em entrevista exclusiva ao GGWP.
"Todos os times passam por muitas dificuldades. Falando de MiBR, depois de bastante sucesso que tivemos, a dificuldade agora é a falta de títulos. Um time competitivo que busca ganhar troféus, quando você não tem o resultado, fica difícil. Um time que foi muitas vezes campeão, quando perde, é pior, porque você já sentiu o gosto da vitória. Também tivemos dificuldades de achar nosso quinto player, torna difícil deixar o time sólido. Você sempre ter que resetar o time acaba perdendo tempo", complementou fer.
Alencar "trk" foi oficializado na vaga que pertencia a meyern em maio como quinto jogador da equipe. Contratado da Team oNe, o jogador recebeu muitos elogios dos torcedores da MiBR nas primeiras experiências na nova casa –especialmente na campanha que resultou no vice da BLAST Premier Spring das Américas. Agora, o momento é de ajustes para o segundo semestre.
"Jogar com o trk tem sido muito bom. Ele é um excelente garoto fora do game, e dentro do jogo já veio com alguns conceitos e fundamentos importantes, como comunicação, feedback positivo pós-jogo e treino. É lógico que assim como todos os jogadores têm altos e baixos, mas ele já ajudou a equipe em diversos fatores, e acho que ele vai ficar ainda melhor", opinou FalleN.
Experiente no cenário e hoje com 28 anos, fer joga ao lado de FalleN desde 2014. Saíram juntos do Brasil, onde chegaram a competir não só no CS, mas também no CrossFire. Todas as dificuldades tornaram o jogador imune às críticas, sempre presentes nas redes sociais nos momentos de dificuldades. O profissional evita projetar o futuro, mas assegura que ainda não vê sua história no competitivo como concluída.
"Eu e o FalleN já passamos muita coisa juntos. Estamos aqui desde o começo, desde o Brasil, tentando fazer um projeto em outros jogos de FPS, quando ainda não tinha muita coisa. Sempre nos ajudamos muito. A parceria se dá não só pelo que passamos e criamos juntos, mas pelo fato de pensarmos muito igual. Por isso nunca nos separamos, nos damos muito bem e facilita muito o convívio e o trabalho", destacou fer.
"Tudo o que eu ganhei, quero um dia ganhar de novo. Estou aqui para tentar o máximo de títulos. Já ganhei muita coisa, mas quero mais. Abdiquei muito da minha vida para estar aqui, e ainda tenho vontade de vencer. Vou dar o meu melhor para estar em alto nível. O cenário está muito competitivo hoje em dia, são muitos times ganhando, não tem mais um que domine a cena. A gente tem nível pra isso. Enquanto eu achar que tenho nível pra ganhar, vou estar aqui", completou o jogador.
No Brasil, apesar dos maus resultados, a MiBR segue sendo um sucesso absoluto de público —principalmente com o streamer Alexandre "Gaules". Na final da BLAST Premier Spring, contra a Evil Geniuses, o profissional atingiu 393 mil pessoas simultâneas em sua transmissão na Twitch. O estímulo ao CS:GO e o engajamento dos torcedores são vistos por FalleN como um combustível a mais para a equipe retomar o caminho das vitórias.
"É muito legal ver o trabalho que o Gaules está fazendo, desenvolvendo com a comunidade brasileira. Bacana ver que ele conseguiu personificar um ambiente descontraído, relaxado, de torcida para os brasileirinhos que querem acompanhar um CS de qualidade. Pega tanto o torcedor hardcore, que busca se aprofundar, até os mais casuais, que gostam do patriotismo, de torcer para os times do país. Nós somos impactados positivamente por isso, vemos cada vez mais o jogo crescer no nosso país, a torcida engajada conosco", disse o Verdadeiro.
Hoje, a MiBR é parte da Immortals Gaming Club, uma holding situada em Los Angeles, fundada por Noah Whinston e com Ari Segal como CEO atualmente. O grupo detém também operações da OpTic Gaming, do Los Angeles Valiant (Overwatch) e da brasileira Gamers Club. A organização conta atualmente com a Betway como sua patrocinadora master e também com apoio da LG Monitores. Além do CS, a tag também está presente no Rainbow Six Siege.
Leia também o artigo "A Ressurreição da MiBR", no Blog Betway Insider.
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