Plano "sócio torcedor" nos eSports oferece tecnologia pra superar futebol
A expansão dos eSports e a transformação das organizações em marcas cada vez mais poderosas levanta um ponto que merece muita atenção: a fidelização dos torcedores com as equipes. Embora o público ainda enfrente muitas dificuldades de ter pleno acesso a produtos relacionados a eSports, a evolução desse mercado nos últimos anos é notável. E não falamos aqui somente de camisetas, bonés, chaveiros, adesivos… Mas sim de planos de sócios-torcedores e tentativas de atrair os fãs.
Por meio das redes sociais, a distância para o contato com os ídolos é encurtada. Diferentemente de modalidades tradicionais, no momento não há uma "redoma" em torno dos pro-players, dirigentes e outras figuras do cenário competitivo. Pelo contrário: diversas organizações fazem questão de conversar diretamente com os fãs e recompensá-los pela fidelização.
Um bom exemplo é a INTZ, maior campeã da história do CBLoL (ao lado da KaBuM), de League of Legends, com quatro títulos, e que compete em 11 modalidades diferentes atualmente. CEO e cofundador da equipe, Lucas Simon assiste junto de figuras importantes da organização aos jogos dos Intrépidos em vários games nos quais estejam competindo. Uma espécie de estádio virtual voltado à torcida.
No ano passado, a própria INTZ lançou o programa de sócio-torcedor Força Intrépida, com a intenção de estreitar os laços entre fãs e organização. Há três planos: mensal, semestral e anual, todos eles com a parcela de R$ 14,90. No Comandante, opção mais cara à disposição (12 parcelas do valor citado), o torcedor tem acesso ilimitado ao aplicativo próprio da INTZ, com resgate de produtos e experiências, descontos na loja oficial, comunicação exclusiva, além de ganhar uma carteirinha digital e o uniforme oficial de 2020 da equipe.
Uma das organizações mais tradicionais do Brasil, a paiN Gaming, em 2016, ultrapassou a marca de 3.600 sócios torcedores –à época, um número superior a de iniciativas semelhantes promovidas por clubes de futebol do Brasil. O valor era de R$ 9,90 e dava direito a alguns brindes para os fãs.
Hoje, cada vez mais, a iniciativa se estende ao âmbito digital. A Prodigy, que compete no League of Legends e no CS:GO atualmente, também tem um aplicativo próprio, no qual os torcedores são recompensados por vencer partidas ranqueadas no LoL e no Free Fire, ganham pontos cumprindo missões e, de forma gratuita, podem resgatar tais pontos em produtos da organização. Há um ranking de torcedores.
– Temos muitos torcedores engajados na PRG que acompanham o clube em todas nossas empreitadas e achei que essa seria uma forma bacana retribuir esse carinho. Sabemos que alguns torcedores são jovens ou não possuem condições financeiras de adquirir produtos do clube, e o aplicativo é uma forma do torcedor conseguir produtos exclusivos sem gastar nada por isso, apenas com a pontuação – afirma Marina Leite, CEO da Prodigy.
Pensar no torcedor é um fator primordial para os esportes eletrônicos e deve sempre ser tratado como prioridade pelos dirigentes. Assim como uma partida de futebol com as arquibancadas vazias parece não fazer sentido, a competição de alto nível nos games, sem espectadores engajados, também se torna inócua. São os fãs que acompanham os times, estão juntos nos bons e maus momentos e merecem a devida atenção.
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