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Um cenário que se ajuda: Liga NFA prova inteligência do Free Fire

Leo Bianchi

06/10/2020 09h00

A principal estrela da LBFF foi atração da Final da Liga NFA (Divulgação/NFA)

Fenômeno de audiência nos esportes eletrônicos e sucesso também entre jogadores casuais, o Free Fire tem um cenário competitivo bem estruturado no Brasil sob a coordenação da Garena. A Liga Brasileira (LBFF) já está no radar dos fãs de games no país e tem uma imagem forte. À parte disso, o Battle Royale prova sua expressão também em torneios "paralelos". E a Liga NFA, maior torneio não oficial do jogo em solo nacional, é a grande expressão disso.

Desde julho, foram 30 equipes do cenário se enfrentando ao longo de duas fases classificatórias, além da semifinal e final. A grande decisão, no último domingo, acumula, no momento em que este texto é escrito, mais de 4,7 milhões de visualizações. O pico de audiência simultânea foi de 545 mil pessoas. Números para fazer inveja a qualquer outro game no Brasil. A final do CBLoL, por exemplo, teve pico de 396 mil espectadores.

A Liga NFA, que permite o uso de emuladores, ao contrário das competições oficiais da Garena, é a prova de que um cenário consegue se fomentar de diversas formas além dos torneios que já estão estabelecidos. É vantajoso para todos os envolvidos. Jogadores que busquem espaço ganham oportunidade. O mesmo vale para as organizações de olho em visibilidade. A produtora, embora não seja a responsável pela competição, tem seu jogo em foco.

Desta vez, quem levou a taça foi Noise, line da LOUD, que finalizou o campeonato com 1246 pontos. Jordan, MVP do torneio, além do título de campeão, ainda carregou consigo a expressiva marca de 245 abates. A principal novidade desta quarta temporada da Liga NFA foi a premiação, que saltou de R$ 10 mil para R$ 52 mil. Transmitida no YouTube e na BOOYAH!, plataforma da Garena, a decisão contou com show de MC Hariel na abertura e no encerramento.

A final da quarta temporada da Liga NFA teve show do MC Hariel na abertura e encerramento da transmissão (Reprodução/NFA)

Outro que marcou presença no evento foi um dos maiores jogadores de Free Fire do Brasil: Bruno "Nobru", campeão mundial pelo Corinthians no ano passado. Ele participou da live conversando com os espectadores e comentando as partidas. Mais uma prova da união do cenário em prol do objetivo de engrandecer o game no Brasil e da grandeza do jogador em questão também como um embaixador do jogo.

Nobru, aliás, realizou um torneio próprio com direito a final na Arena Corinthians, recentemente. Um caminho já seguido por outras figuras relevantes do Free Fire no Brasil, como o DJ Alok, El Gato e Camilota XP – todos com campeonatos próprios que não deixam os fãs do game um dia sequer sem conteúdo de qualidade e competições para movimentar o público e não abrir qualquer brecha para que ele "fuja" para outro jogo como prioridade.

À parte dos méritos democráticos no que diz respeito às baixas exigências de sistema operacional e o fato de abrir portas para todas as classes sociais, o Free Fire tem entendido como poucos as melhores formas de fidelizar seu público e, ao mesmo tempo, atrair novos fãs por meio de iniciativas interessantes. O exemplo é válido para outras comunidades e pode ser absorvido por outras produtoras também.

Sobre o Autor

Leo Bianchi é jornalista, já foi repórter e apresentador do Globo Esporte. É apaixonado por competição e já cobriu Copa do Mundo, Fórmula 1, UFC e mundiais de CSGO, R6, FIFA, Just Dance e Free Fire. Também é youtuber e Pro Player frustrado.

Sobre o Blog

No GGWP você encontra análise dos cenários competitivos no Brasil e no mundo, além dos bastidores do universo envolvendo times, pro-players e novidades em geral.