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O Real Madrid dos eSports entra no cenário brasileiro de Free Fire

Leo Bianchi

23/01/2020 17h50

Equipe internacional Team Liquid contrata jogadores brasileiros para representar a organização no jogo Free Fire. (Crédito: Maikon Alves – Team Liquid).

Uma das maiores provas da enorme relevância que o Brasil tem no mercado do esporte eletrônico é o olhar que gigantes organizações estrangeiras têm voltado para o país em diversas modalidades. Um dos cases de sucesso é o Rainbow Six Siege, no qual, atualmente, Team Liquid, FaZe Clan, Elevate e Ninjas in Pyjamas investem como "imigrantes" – além, é claro, da MiBR, que tem capital vindo também dos Estados Unidos. O próximo grande passo neste sentido deve ser o Free Fire.

Os jogadores da Team Liquid atuavam pela equipe B8 na Pro League Season três e venceram o torneio da Liga das Estrelas em dezembro do ano passado (Crédito: Maikon Alves – Team Liquid)

Expressiva em diversos games competitivos, a Team Liquid agora contará com um elenco brasileiro no Battle Royale da Garena.  Os jogadores são Marccello "RAPOSO" Giannella, Jonatha "JAPABKR" Araujo, Lucas "LUUKING" Lemos, Pedro "Peu" Landim e Lucas "LukasTD" Dantas. O técnico é Matheus "Souto", e o manager Bruno "mrt" Santos. Todos eles já possuem experiência no cenário.

O Free Fire levou os eSports a outro patamar, com números sólidos e extremamente altos mesmo comparados aos jogos que estão há mais tempo no cenário. Para a Liquid faz todo o sentido estar neste universo. É uma forma de buscar um público que ainda não se familiarizou com a marca, que está entrando no cenário competitivo de games e pode, em certa medida, consumir outros times, jogos e produtos.
Rafael Queiroz, Country Manager da Team Liquid no Brasil

A organização investirá em uma gaming house própria exclusiva para a equipe de Free Fire, que contará com os mesmos benefícios do time de Rainbow Six Siege, campeão mundial do game em 2018 – como acesso a psicólogo e suporte de mídia, por exemplo. No momento, a Liquid atua em 15 modalidades diferentes e jogadores espalhados pelo mundo inteiro: Brasil, Estados Unidos, países europeus, Japão, China…

Jogadores brasileiros conquistaram o mundial de Rainbow Six Siege em junho de 2018 pela Team Liquid. (Crédito: ESL)

Essa globalização é mais um trunfo enorme do esporte eletrônico. A Team Liquid, por exemplo, embora seja de origem holandesa, tem identificação global e torcedores espalhados por inúmeros países. Uma forma inteligente e eficaz de espalhar a marca por diferentes culturas, sempre mantendo um alto nível de performance. O Brasil estar nesse mapa, agora em dose dupla, é motivo de orgulho para todos nós.

Sobre o Autor

Leo Bianchi é jornalista, já foi repórter e apresentador do Globo Esporte. É apaixonado por competição e já cobriu Copa do Mundo, Fórmula 1, UFC e mundiais de CSGO, R6, FIFA, Just Dance e Free Fire. Também é youtuber e Pro Player frustrado.

Sobre o Blog

No GGWP você encontra análise dos cenários competitivos no Brasil e no mundo, além dos bastidores do universo envolvendo times, pro-players e novidades em geral.