Fim dos "minors": como o cenário de Dota 2 pode ficar bem mais interessante
O Dota 2 não está entre os eSports mais populares do Brasil atualmente. Embora tenha uma base fiel de fãs e um cenário competitivo bem estruturado do ponto de vista mundial, o MOBA da Valve sofre com a concorrência em regiões menores –algo que pode melhorar a partir da próxima temporada e que, sem dúvida, merece sua atenção, sendo ou não adepto desse estilo de game.
Mesmo que você nunca tenha passado perto do Dota, certamente já ouviu falar das cifras astronômicas do The International – o Mundial do game, realizado anualmente. Em 2019, a competição bateu nada menos que US$ 32 milhões em premiações. Mérito da comunidade, uma vez que todo ano o número aumenta graças ao sistema de "financiamento coletivo", com venda de itens dentro do game.
O primeiro time brasileiro a participar do TI foi a paiN Gaming, em 2018. No ano passado, não mandamos ninguém novamente, e nos restou torcer pela peruana Infamous, única representante sul-americana. As novidades que entrarão em vigor no Dota Pro Circuit a partir do ano que vem são dignas de empolgação de nossa parte.
Após o The International deste ano, marcado para agosto, a Valve vai abolir os minors e passar a adotar seis ligas regionais (Europa, América do Norte, América do Sul, China, Sudoeste Asiático e Comunidade dos Estados Independnetes), com três edições anuais cada. Isso significa mais oportunidades para áreas normalmente menos expressivas no cenário.
No fim de cada temporada, os melhores times terão vaga no Major – definidos em três por ano. Os 12 melhores do Dota Pro Circuit, após a terceira temporada, garantem vaga no The International. As vagas restantes serão disputadas por seletivas online, com os respectivos times interessados em cada região.
Com ligas regionais valendo pontos para o DPC, um cronograma de transmissões estruturado e premiações interessantes, o Dota 2 pode ampliar o nível de atenção das organizações brasileiras de eSports para o seu circuito. Se tem Mundial de esporte eletrônico rolando, sempre queremos um representante nacional lá, certo? Que assim seja!
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