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Com duas vagas no mundial de TFT, Brasil pode ser grande nessa modalidade

Leo Bianchi

25/04/2020 09h00

O ano de 2019 ficou marcado pelo crescimento exponencial dos auto battlers – games de combate automático, fortemente voltados à estratégia. Espécies de jogos inspirados no xadrez, mas desenvolvidos em ambientes fantásticos já conhecidos – como o do Dota 2 e do League of Legends. No caso do último, o Teamfight Tactics (TFT) se tornou um sucesso instantâneo, com forte potencial de cenário competitivo.

O ápice desse contexto se deu semana passada, com o anúncio do Mundial do game. Com premiação que ultrapassa R$ 1 milhão e o mais importante: duas vagas reservadas para o Brasil. Dos 16 jogadores que se qualificarem para lutar pelo título, dois serão brasileiros. Um justo reconhecimento por parte da Riot Games a um país que rapidamente comprou a ideia do TFT e gerou grandes jogadores e influenciadores.

Rakin, Leko, Leomane… Diversos influenciadores de League of Legends e também de card games abraçaram o TeamFight Tactics, gerando conteúdo e movimentando o cenário. Além, é claro, de Juan "JSchritte", que ganhou repercussão internacional ao conquistar o Twitch Rivals no ano passado. O Brasil tem, sim, um potencial fortíssimo de "dar aula" no auto battler.

Demonstrando interesse em fomentar o competitivo, a Riot divulgou as Diretrizes de competição para a comunidade do TFT, de maneira a dar condições aos organizadores de criar torneios de alto nível. No momento, o pacote temático Galáxias é o vigente no game, mas a cada novo que surgir, "daqui pra frente, planejamos comemorar a conclusão de cada Conjunto com um campeonato global competitivo. Queremos recompensar todos os jogadores que dedicaram seu precioso tempo para dominar o TeamFight Tactics e proporcionar um objetivo que vá além de alcançar o topo na escalada" – escreveu a Riot, em comunicado oficial.

As outras vagas estão divididas da seguinte forma: três para a China, três para Europa/Comunidade dos Estados Independentes/Oriente Médico, duas para a Coreia do Sul, duas para os Estados Unidos, duas para a América Latina, uma para a Turquia e uma para o Japão. Ou seja: o Brasil ganha destaque não somente ao ser "recortado" da América Latina, como ao ter tantas vagas quanto Estados Unidos e mais do que a Turquia.

É sempre satisfatório ver o nosso país alcançado os postos mais altos dos eSports. O potencial no FPS já é mais do que conhecido: temos títulos mundiais de Counter-Strike, Rainbow Six Siege, CrossFire, Point Blank… Já abordamos também a força nos card games e no futebol virtual, por exemplo. Que também possamos ser a casa do TFT e uma referência mundial de um game tão estratégico e divertido.

Sobre o Autor

Leo Bianchi é jornalista, já foi repórter e apresentador do Globo Esporte. É apaixonado por competição e já cobriu Copa do Mundo, Fórmula 1, UFC e mundiais de CSGO, R6, FIFA, Just Dance e Free Fire. Também é youtuber e Pro Player frustrado.

Sobre o Blog

No GGWP você encontra análise dos cenários competitivos no Brasil e no mundo, além dos bastidores do universo envolvendo times, pro-players e novidades em geral.