Valorant: sistema anticheat vem dando dor de cabeça aos jogadores
Após mais de uma semana do Beta Fechado no Brasil, o Valorant, FPS da Riot Games, trouxe um grande misto de sentimentos à comunidade de games e eSports. A inevitável empolgação com a chegada de uma novidade tão aguardada ganhou um alerta com diversos relatos nas redes sociais de jogadores que estão tendo problemas com o Vanguard, sistema anticheat do game. Definitivamente, isso deverá ser uma prioridade da produtora antes do lançamento oficial do jogo.
A Riot sempre manteve uma postura aberta em relação ao Valorant: deixou claro, por meio das declarações dos responsáveis pelo título, que o desenvolvimento do jogo se daria através dos feedbacks da comunidade, que o período de Beta Fechado era justamente um "ensaio" para o produto principal. Até aqui, os relatos dão conta do Vanguard atrapalhando a experiência no game e também interferindo em outros elementos no PC –bloqueando programas e até outros jogos de maneira inexplicável. Eu mesmo tive uma experiência horrível: meu PC começou a travar dentro e até fora do jogo. Tentei fazer Live do game e não consegui, tamanha a queda de desempenho. Veja abaixo no vídeo:
"Nossa estratégia contra cheats em Valorant foi desenvolvida para garantir que o público possa confiar no jogo e tenha uma experiência positiva ao jogar. Sendo assim, nosso critério de sucesso mais importante é a resposta de vocês (jogadores) à seguinte pergunta: como vocês acham que estamos nos saindo? Nós acompanhamos o número de denúncias de cheats feitas pelos jogadores, pedimos a opinião do público de forma direta com pesquisas e ficamos de olho no que está sendo falado nas redes sociais", explicou Paul "Arkem" Chamberlain, responsável pelo anticheat, em comunicado divulgado na semana passada.
De acordo com a produtora, desde o início, a ideia com o Vanguard é dificultar ao máximo o desenvolvimento de diferentes cheats, assim como detectar e banir os trapaceiros –incluindo banimentos até mesmo de hardware. Porém, as falhas nesse sistema têm aparecido de diversas formas, incluindo algumas bizarras. Que o diga o ex-jogador de CS:GO e streamer espanhol Oscar "Mixwell", que foi desconectado do Valorant ao conectar seu celular no computador.
Quem é fã de jogos FPS sabe como os cheats representam um setor obscuro e podem dar origem até mesmo a um mercado de trapaças. Inexplicavelmente, em busca de desempenhos melhores de uma forma escusa, jogadores chegam a pagar mensalmente a utilização de "aditivos" nos games para diversos fatores: acertar todos os tiros na cabeça, ver adversários pelas paredes, se movimentar de forma inexplicável… É uma guerra que as produtoras travam há anos, e com a Riot não será exceção.
O momento de aperfeiçoar ao máximo o jogo e ouvir, de fato, a comunidade é agora. Valorant tem um potencial incrível para a construção de um novo cenário competitivo e traz diversos elementos inéditos ao mercado de games desse setor. As movimentações já se fazem notar, mas é preciso agir com rapidez e rigidez para que, quando o jogo chegar de forma definitiva, em sua versão final, não haja mais relatos como esses. Nesta semana, a Riot já fez a primeira leva de banimentos que atingiu quase nove mil usuários identificados pelo sistema Vanguard utilizando algum sistema de trapaça.
O próprio Arkem, responsável pelo anticheat do game, avisou aos fãs: "Se vocês não estiverem satisfeitos com os nossos esforços, quer dizer que não estamos ganhando essa guerra. A estratégia contra cheats existe para proteger os próprios jogadores". Ou seja: essa é a hora de ajudar a moldar o próprio game por um futuro melhor, seja para jogadores casuais ou pro players. Um ecossistema saudável é bom (e necessário) para todos.
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