As lives de games e eSports são a TV da nova geração
As plataformas de streaming são, cada vez mais, uma das principais fontes de entretenimentos dos fãs de games e eSports. Além de jogar, é notável o quanto o consumidor do setor gosta de assistir aos profissionais que vivem de transmitir os próprios jogos ou campeonatos de diversas modalidades. Que o diga Alexandre "Gaules", principal streamer brasileiro atualmente, que bateu 393 mil espectadores simultâneos na Twitch no domingo, 21 de junho, na final da BLAST Premier Spring de CS:GO, entre MiBR e Evil Geniuses.
Cada game tem uma plataforma com a qual é mais identificado. O Free Fire, por exemplo, é um game que bateu recordes no YouTube com suas transmissões, mas que também faz muito sucesso na Nimo TV e hoje em dia tem até sua própria casa para streams: a BOOYAH!. Todos, de alguma maneira, buscam estratégias para atrair o público para o ambiente online e não somente jogar, mas assistir e ganhar recompensas por isso em muitas oportunidades.
Independentemente dessas particularidades, é notável que, hoje, o fã de eSports conta com uma espécie de "TV por assinatura" à sua disposição na internet. Não importa o horário ou o estilo de stream, se você quer aprender ou simplesmente rir com um profissional do setor, se acorda cedo ou vai dormir tarde… Sempre haverá alguém oferecendo algum conteúdo do game que você mais gosta. A grade é farta e repleta de variações.
O cenário de Rainbow Six Siege é um ótimo exemplo neste sentido. A partir deste mês, a Ubisoft transmite não só o renovado Campeonato Brasileiro e a Elite Six, equivalente à "Libertadores" do FPS, mas também o Campeonato Europeu, o Norte-Americano, o Mexicano e o Sul-Americano – todos com transmissões em português. Ou seja: o fã do game está munido todos os dias. Isso, é claro, sem contar a produção de conteúdo e bastidores. E tudo com estrutura digna de uma grande emissora de TV. E digo isso com a experiência de quem apresentou por mais de cinco anos telejornais na TV Globo. Os estúdios e cenários estão maravilhosos!
Cada vez mais, a impressão é de que o fã de esporte eletrônico tem nas plataformas de transmissão um entretenimento muito mais palpável, acessível e fácil do que na televisão, por exemplo. É evidente que alguns campeonatos ainda são transmitidos também em canais tradicionais e que isso atinge um público que não está familiarizado ao ambiente online, mas os números e as incansáveis interações via chat não deixam mentir: a casa dos eSports é a internet.
Outro fator, extremamente importante neste sentido, é a gratuidade e o sistema de doações. Ninguém paga para assistir ao seu streamer favorito, mas chama a atenção a fidelidade dos fãs, que fazem questão de se inscreverem para dar suporte aos profissionais do setor com uma quantia de dinheiro à sua escolha. Dialogar com o streamer que está ali todos os dias é uma vitória para quem o acompanha tão frequentemente.
Embora seja um mercado milionário e com milhares de possibilidades, as streams têm como principal mérito não terem criado uma "fórmula mágica". Há profissionais para todos os gostos e sempre há espaço para quem queira integrar o setor. Na maioria das vezes, inclusive, a fama dos streamers é maior que a dos próprios pro players. É, claramente, a televisão da nova geração.
Dica: Para conhecer mais detalhes dos bastidores de grandes transmissões de eSports, confira o vídeo abaixo (em inglês), que mostra as operações da Riot Games com a LCS nos Estados Unidos.
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