Wild Rift, o LoL mobile, esquenta mercado de games e tecnologia
Com lançamento previsto ainda para 2020, o Wild Rift, versão mobile de League of Legends, promete ser uma revolução no mercado de dispositivos móveis. Não só pelo crescimento cada vez mais evidente do número de pessoas que jogam no celular, aliado ao sucesso do MOBA da Riot Games, mas pela forma como o game promete concorrer com outros títulos já consolidados nessa plataforma. Algumas regiões do mundo devem evidenciar como, independentemente do gênero do jogo, as publishers precisam olhar cada vez mais para os fãs do mobile.
Em junho, o Brasil foi um dos locais escolhidos para receber um teste alfa do Wild Rift. O outro país selecionado foi as Filipinas. Acredite: não é mera coincidência. Ambos os locais são considerados extremamente estratégicos para os jogos em dispositivos móveis. À parte do Brasil, o Sudeste Asiático é um posto de extremo sucesso do Free Fire, por exemplo. O que nos leva à certeza de uma concorrência enorme entre Riot Games e Garena no ano de 2021 no que diz respeito a celulares e tablets.
Nesta semana, durante o anúncio do iPhone 12, em mais uma de suas tradicionais conferências, a Apple contou com um comercial sobre o Wild Rift. A versão adaptada foi anunciada baseada no sucesso de League of Legends – descrito como "um título de prestígio – o jogo mais popular, mais jogado e mais assistido do mundo". A parceria ainda se estendeu à Verizon, maior operadora de celulares nos Estados Unidos, com seu serviço de 5G.
– Com o poderoso iPhone 12 e com o 5G da Verizon, acreditamos que é o momento de trazer o League of Legends para o iOS. Com o (chip) A14 Bionic, poderemos reproduzir os campeões com alto nível de fidelidade. Teremos detalhes incríveis, com muitos frames por segundo e uma gameplay responsiva, mesmo nas lutas de grupo mais insanas. Até agora, para ser competitivo no LoL você precisava estar preso à sua mesa. Agora, será possível jogar em qualquer lugar, e sem wi-fi – disse Michael Chow, produtor executivo da Riot Games.
Dados da Pesquisa Game Brasil (PGB) apontam que, entre pessoas que afirmam jogar em alguma plataforma, 86,7% dizem ser adeptos do celular – contra 43% no videogame e 40,7% no computador. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta a existência de 220 milhões de smartphones em uso no país. Fatores como poder jogar em qualquer lugar, ter o celular sempre à mão e o avanço na qualidade gráfica dos jogos estão entre os principais motivos apontados pelo público para justificar a preferência pelos smartphones.
– Faz muito sentido o brasileiro cada vez mais preferir jogar no smartphone. Dentre as plataformas de jogos, é a mais acessível e talvez a mais multipropósito, sendo um investimento que vale a pena para grande parte da população por conta das opções de comunicação e entretenimento – disse Mauro Berimbau, professor da ESPM e consultor Go Gamers.
A movimentação das produtoras para se adaptar à realidade na qual as plataformas móveis estimula não só o mercado de tecnologia, mas também o cenário competitivo. O Free Fire se estabeleceu rapidamente como um esporte eletrônico dono de audiências massivas e números impressionantes em todos os âmbitos. Como será com o Wild Rift? Se depender do know how da Riot Games e do público do LoL, sem dúvida o game será mais um caso de sucesso e uma nova modalidade no extenso cardápio hoje à disposição do fã brasileiro de eSports.
Os games provam, todos os dias, a teoria de que a maior parte das profissões do futuro ainda sequer existem nos dias atuais. As oportunidades abertas pela construção de um novo cenário nacional são inúmeras. Uma concorrência saudável, aliada a títulos cada vez mais acessíveis ao público casual, só tem a acrescentar ao setor e a engrandecer o Brasil enquanto potência dos eSports. Que seja o início de mais um grande capítulo.
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