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Uma segunda divisão com cara de primeira: é o Circuitão de LoL

Leo Bianchi

10/02/2020 08h00

Redemption ergue o troféu de campeão do Circuito Desafiante em 2018. Em 2020, o torneio vai distribuir R$ 40 mil em premiações

Muitas competições esportivas têm sérias dificuldades de badalar e comercializar suas divisões inferiores – começando pela segunda e piorando gradativamente quando há outras. A audiência da Série B do Campeonato Brasileiro, por exemplo, é bem menor que a da Série A. No caso do League of Legends nacional, a Riot Games, produtora do game, parece não ter esse problema.

O Circuito Desafiante, carinhosamente chamado pelos fãs de Circuitão, é um sucesso. Exibido às segundas e terças-feiras – ou seja, nos dias seguintes aos jogos do CBLoL – o campeonato conseguiu criar uma narrativa própria, atrair reforços e investimentos e se tornar tão atrativo quanto o próprio torneio de elite para os espectadores do cenário competitivo.

São duas equipes a menos do que no CBLoL: seis, contra oito. Hoje, disputam o torneio: RED Canids Kalunga, Falkol, Havan Liberty, Team oNe, Intergalaxy Tigers e Santos. Pois é: se na primeira divisão há o Flamengo, o Circuitão agora conta com o Peixe, que é um dos caçulas da competição – entrou na vaga da rebaixada CNB, que decidiu se afastar de campeonatos por um tempo.

Red Canids e Team oNe já foram campeãs da primeira divisão do CBLoL, mas iniciam 2020 no Circuito Desafiante

RED e Team oNe já foram campeãs do CBLoL – ambas em 2017, no primeiro e no segundo split, respectivamente. Os jogadores não veem problema nenhum em disputar o Circuitão, inclusive: um grande exemplo é o meio Matheus "dyNquedo", um dos melhores jogadores do país, bicampeão do CBLoL em 2018, que deixou a KaBuM rumo à Havan Liberty.

Há diversos outros astros no torneio: Gabriel "Revolta", caçador da RED, acumula três taças do CBLoL pela INTZ. TitaN, seu companheiro de equipe, tem dois pela KaBuM, assim como Riyev, que hoje joga na Falkol. Isso, é claro, sem contar as contratações de sul-coreanos (país que é referência no game), como Kim "Rainbow", do Santos, e latinos que são referência no continente, como Mateo "Buggax", da Falkol.

No casting, a qualidade também é digna de elogios: Arthur "Vecet" tem narração fluida, que combina bom humor à informação, e conta com o apoio de grandes comentaristas: Eduardo "etsblade", remanescente da formação que consagrou o Circuito Desafiante entre as grandes transmissões de eSports ao lado de Gruntar (hoje no CBLoL) e Camilota XP (hoje no Free Fire), é acompanhado de Gabriel "MiT", ex-jogador e técnico campeão pela paiN Gaming em 2015.

Tratar bem o produto é fundamental para que ele funcione enquanto alvo de interesse e entretenimento para o público. O esporte eletrônico não é exceção, e a Riot parece saber bem disso. A segundona, enquanto produto de entretenimento, não é inferior à primeira divisão. Tem o mesmo tratamento e estrutura: isso se chama visão! Genialidade! Vida longa ao Circuitão!

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Sobre o Autor

Leo Bianchi é jornalista, já foi repórter e apresentador do Globo Esporte. É apaixonado por competição e já cobriu Copa do Mundo, Fórmula 1, UFC e mundiais de CSGO, R6, FIFA, Just Dance e Free Fire. Também é youtuber e Pro Player frustrado.

Sobre o Blog

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