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Empreste sua placa de vídeo para ajudar na cura da COVID-19

Leo Bianchi

28/03/2020 09h00

Além de ficar em casa e seguir todas as orientações de prevenção, os gamers têm outra forma de ajudar no combate à pandemia do coronavírus. Através do projeto Folding @ Home, pessoas do mundo inteiro podem ceder parte do poder de processamento dos seus computadores para calcular dados de pesquisas importantes para o planeta.

Não se trata de uma novidade criada agora. O projeto já se vale da mesma tecnologia para ajudar na busca da cura do câncer, do Ebola, entre outros problemas globais de saúde. Agora, o combate é ao COVID-19. A NVIDIA, consagrada multinacional do mercado gamer, se envolveu diretamente na ideia, ampliando o alcance.

Em poucos dias, o número total de usuários cresceu mais de 10 vezes. Qualquer pessoa que possua um PC equipado com uma placa GeForce pode ajudar. Cedendo o volume de processamento do seu periférico, o gamer ajuda a reduzir o tempo necessário para a busca por soluções através de cálculos complexos. O software está disponível para Windows, Linux e Mac.

Basicamente, é como se fosse uma grande rede descentralizada de dados. O poder de cada placa de vídeo pode ser usado remotamente para um bem maior e de forma bem simples. O Folding @ Home está sediado na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, nos Estados Unidos.

– "O poder de processamento total da rede quebrou a barreira de um exa FLOP, ou 1.000.000.000.000.000.000 (um quintilhão) de operações matemáticas por segundo. Esse número é maior que os o poder dos 100 maiores supercomputadores do mundo, somados" – explica Alexandre Ziebert, gerente de marketing técnico da NVIDIA na América Latina.

Poder de processamento da comunidade superou um exa FLOP, ou 1.000.000.000.000.000.000 (um quintilhão) de operações matemáticas por segundo

No momento, o projeto está simulando a dinâmica das proteínas do COVID-19 para entender melhor as formas de tratamento terapêutico à doença. A ideia é entender como as estruturas proteicas do coronavírus funcionam do ponto de vista de movimentação e evolução. Recentemente, os profissionais fizeram um trabalho semelhante com o Ebola.

Cada vez mais, os games e eSports provam que não são parte alienada dos problemas do mundo, como muitos julgam, de forma preconceituosa. Pelo contrário: nosso universo é capaz de unir de uma forma como poucos grupos conseguem, nas situações boas e também nas ruins. Que, cada vez mais, os jogos eletrônicos e a tecnologia sejam um serviço para a sociedade.

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Sobre o Autor

Leo Bianchi é jornalista, já foi repórter e apresentador do Globo Esporte. É apaixonado por competição e já cobriu Copa do Mundo, Fórmula 1, UFC e mundiais de CSGO, R6, FIFA, Just Dance e Free Fire. Também é youtuber e Pro Player frustrado.

Sobre o Blog

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