Quando os ídolos dos games ficam tão grandes que vão pra dentro do jogo
Uma das maiores honras que qualquer esportista pode receber, além de títulos e recordes pessoais, é eternizar o próprio nome na modalidade de alguma forma. Virar nome de campeonato, de estádio, ginásio, ter a camisa aposentada… E nos eSports? Diversas figuras já estão na história e, de uma forma ou outra, já foram perpetuadas nos games. Viraram parte de algo que eles mesmos tanto admiram.
O exemplo mais recente foi o de Kim "Patriota". Streamer notabilizado pelo Fortnite, ele ganhou uma homenagem no Battle Royale: seus passos de dança foram incluídos como um dos emotes do jogo. Uma interação sensacional para todas as partes: o jogo ganha com uma divulgação massiva; o profissional, com tamanha honra; os fãs, com mais uma forma de apoiar o ídolo. Nesse ponto, o jogo da Epic Games dá aula.
Outro que foi eternizado dessa forma foi Felipe "brTT" Gonçalves, o maior campeão da história do cenário nacional de League of Legends. Fã do Twitch, personagem que ele tem tatuado no pescoço, o jogador viu sua frase, com o tradicional sotaque carioca, se transformar em fala do próprio campeão dentro do LoL: "Rexxxpeita o rato!". Se você curte o MOBA, neste momento deve estar, inclusive, repetindo a frase e tentando imitar.
Quem também recebeu homenagem semelhante foi Ismael "Pato Papão" e o filho, Antonio, através de Nunu e Willump. O campeão, que é composto por um garoto e um yeti (um "abominável homem das neves"), passaram a ter falas com referência a um vídeo feito pelo carismático streamer. Mais uma atitude que mostra uma sensibilidade ímpar da Riot Games no trato a um importante criador de conteúdo da comunidade de forma perspicaz.
Ainda falando de League of Legends, a Riot mantém uma tradição exemplar de respeito aos seus campeões mundiais. Desde 2011, os jogadores que conquistam o Worlds, principal competição existente do game, podem escolher skins de um campeão com o qual tenham atuado ao longo do torneio para ganhar uma skin personalizada – com temática da organização e direito até a assinatura.
No Rainbow Six Siege, os charms, assessórios cosméticos para complementar as armas, também fazem sucesso. Campeão mundial do game pela Team Liquid em 2018 e hoje streamer ainda ligado à organização, Leo "Zigueira" foi eternizado no game com seu item. O mais bacana: a Ubisoft faz o mesmo não só para jogadores, mas para outras figuras relevantes da comunidade, como os streamers Camila "Kalera" e Lorenzo "Lagonis" (hoje também profissional, pro player da Black Dragons), além do caster Parker "INTERRO".
Acredito que a Garena deve lançar em breve alguma personalização de skin ou personagem dos grandes nomes do Free Fire, como Bruno "Nobru", Lucio "Cerol", Rodrigo "El Gato", entre tantos outros. Fazer um trabalho de "retroalimentação" é parte fundamental do trabalho de uma produtora de games. Dar ao fã e ao jogador tudo o que ele quer consumir, seja homenageando seu time de coração ou seu profissional favorito, é algo que faz a diferença na relação com o jogo. Parece pouco, mas esses detalhes contam e muito – principalmente aproximando o jogador casual do cenário competitivo.
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